sexta-feira, 24 de setembro de 2010

NÃO MAIS DEPRIMIDOS

Hoje vivemos numa era de grandes e rápidas transformações. O mundo inteiro tem visto surgirem novas realidades, como a globalização e suas consequências financeiras e sociais, e tem-se sentido impotente para solucionar os problemas delas decorrentes. Essas inquietudes, ansiedades e incertezas têm sido transmitidas às pessoas. A pressão externa exercida pelo ambiente que nos cerca, os sentimentos humanos que se perderam nessa luta pela sobrevivência, nessa corrida desenfreada pelos bens materiais, pelo enriquecimento e pelo status social têm causado sérios danos às pessoas, inclusive aos cristãos. Os homens, em busca de uma aceitação por parte de outros, têm ido contra a própria consciência, fazendo coisas que detestam.

Todos esses fatores e outros mais têm contribuído para o surgimento de angústias e depressões. A mente humana debaixo dessa pressão começa a interpretar erroneamente as informações que chegam a ela. Um sorriso dado por alguém que nos ama é interpretado como zombaria. Uma pequena observação sobre um fato é interpretado como uma séria e dura crítica. Procura-se fugir de tudo e de todos. Muitas vezes o organismo recorre ao sono para fugir da realidade, e a pessoa passa a dormir o dia inteiro com sonhos agitados e ainda acorda cansada e desanimada. Não tem mais forças para lutar. Alguns pensam em abandonar a casa e sumir pelo mundo afora. Qualquer coisinha é tomada como uma grande catástrofe. A pessoa se fecha dentro de seus muros interiores.

Qual é a nossa saída? É nos voltarmos ao Senhor, ao espírito e à Sua Palavra. O Senhor conhece nossa situação e quer socorrer-nos. Precisamos abrir-nos a Ele. O Senhor nos ama. Ele se preocupa conosco. Não podemos deixar-nos levar pelas informações erradas de nossa mente, a qual faz com que nossas emoções sejam tão negativas. O poder da morte parece tomar conta de tudo. A vida perdeu sua alegria. É necessário reagir baseado na Palavra de Deus. O Salmo 49:15 diz: “Mas Deus remirá a minha alma do poder da morte, pois ele me tomará para si”. Ele liberta nossa alma desse poder que nos quer controlar. Exercite seu espírito. Diga à sua alma: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome” (Salmo 103:1). Rejeite todo pensamento maligno. Vença o inimigo Satanás pela Palavra do testemunho (Apocalipse 12:11). Sua experiência será como a de Davi, que disse: “Só ele é a minha rocha, e a minha salvação, e o meu alto refúgio; não serei muito abalado”, e, à medida que foi contatando o Senhor, falou, no final: “Não serei jamais abalado” (Salmo 62:2,6).

Talvez sintamos que ninguém nos compreende e muitas vezes choramos. Novamente a Palavra do Senhor nos conforta, dizendo: “Contaste os meus passos quando sofri perseguições; recolheste as minhas lágrimas no teu odre; não estão elas inscritas no teu livro? No dia em que eu te invocar, baterão em retirada os meus inimigos; bem sei isto: que Deus é por mim. Em Deus, cuja palavra eu louvo, no SENHOR, cuja palavra eu louvo, neste Deus ponho a minha confiança e nada temerei. Que me pode fazer o homem?” (Sl 56:8-11). Muitas vezes nos deixamos prender pelos maus desígnios (pensamentos) que vêm de nosso coração e permitimos que eles nos contaminem (Mateus 15:19). Vamos dar um basta nisso!

Devemos crer muito mais nas palavras de Deus do que nos pensamentos que vêm de nosso coração corrupto e enganoso (Jeremias 17:9). Levantemo-nos, ouçamos o chamado do Senhor, saiamos de nossa introspecção. O livro de Cântico dos Cânticos nos diz que nosso amado Senhor está detrás de nossa parede, olhando pelas janelas, espreitando pelas grades e nos dizendo: “Levanta-te, querida minha, formosa minha, e vem. Porque eis que passou o inverno, cessou a chuva e se foi; aparecem as flores na terra, chegou o tempo de cantarem as aves, e a voz da rola ouve-se em nossa terra. A figueira começou a dar seus figos, e as vides em flor exalam o seu aroma; levanta-te, querida minha, formosa minha, e vem” (2:9-13). Ao exercitarmos nosso espírito e ordenarmos à nossa alma que saia dessa situação de morte, estamos apoiando-nos na Palavra de Deus, que tem o poder de nos livrar. Certamente teremos uma experiência vitoriosa que nos livrará da depressão em que nos encontrarmos. 

Em Provérbios 3:25-26 lemos: “Não temas o pavor repentino, nem a arremetida dos perversos quando vier. Porque o SENHOR será a tua segurança e guardará os teus pés de serem presos”. O Senhor nos diz: “Porque a mim se apegou com amor, eu o livrarei; pô-lo-ei a salvo, porque conhece o meu nome. Ele me invocará, e eu lhe responderei; na sua angústia eu estarei com ele, livrá-lo-ei e o glorificai” (Salmo 91: 14-15). Invoque o Senhor com todas as suas forças. Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (Romanos 10:13). Ore ao Senhor dizendo: “Senhor, hoje quero sair da minha introspecção, quero sair dos muros interiores que me prendem e me atormentam. Rejeito os pensamentos negativos da minha mente, os sentimentos negativos do meu coração. Quero proclamar a todo o universo que eu sou Teu. O Senhor já venceu todas as coisas. Hoje, pela fé, tomo essa vitória para mim. Senhor, eu ouvi o Teu chamado e me levanto agora mesmo para desfrutar de Ti e do Teu amor”.

Texto extraído do livro “Atitude - um jovem vencedor” publicado pela Editora Árvore da Vida (www.arvoredavida.org.brCorpo Redatorial e Dong Yu Lan

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Livro de Ester: Colocando a formosura no seu devido lugar

O Rei Assuero era muito poderoso e podemos perceber que agia visando sempre sua própria satisfação. Quando ofereceu banquetes em Susã, ele o fez com o fim de exibir todas as suas riquezas, e com isso ser admirado. Depois, quis também exibir a formosura da rainha Vasti, e diante da recusa dela ele a depôs. Como ficou sem rainha, Assuero escolheu a sua substituta - Ester - entre as jovens mais formosa de seu império (Ester 2:2, 17).
 
Assuero representa nosso velho homem, que quer sempre agir segundo o seu desejo e humor, e que também gosta de se exibir. Se a rainha Vasti não fosse tão formosa, o rei Assuero não faria questão de apresentá-la diante do povo. Essa atitude é própria do homem natural que se preocupa apenas com a aparência. Deus, porém, não vê o exterior; Ele vê o interior (Mc 12:14a; 2 Co 5:12; 1 Sm 16:7). O ponto aqui não é menosprezar a formosura, mas é colocá-la no devido lugar. Quer sejamos formosos ou não, o nosso interior, o nosso coração deve ser como o de Neemias, cuja preocupação era Jerusalém, o lugar escolhido por Deus. Assuero valorizava o exterior, portanto, ao exibir a beleza de Vasti, ele mesmo estaria recebendo a glória. Mas a rainha, por causa de sua formosura, orgulhou-se, e isso a tornou rebelde para com o rei. Em Ezequiel 28 lemos que Lúcifer era o formoso querubim da guarda; contudo, quando se orgulhou, ele se rebelou contra Deus e foi rejeitado, destituído de sua elevada posição (vs. 12b-17).
 
Realmente esperamos que as irmãs formosas jamais se orgulhem de sua beleza. Não importa quão bonita você seja, você não é superior a ninguém, mas é igual às demais irmãs, pois todas têm a vida de Deus. Quem se orgulha de sua aparência perde muito em relação ao Senhor, pois, em vez de buscá-Lo, gasta o tempo pensando na sua beleza e cuidado dela. Não vamos dar excessiva atenção à nossa aparência, pois ela desperta orgulho, e onde há orgulho há rebelião. Portanto, humilhemo-nos sob a poderosa mão de Deus, para que Ele (não nós mesmos) nos exalte em tempo oportuno (1 Pe 5:6). 
 
(Extraído do livro "O Deus presente que se oculta...nos livros de Rute e Ester", de Dong Y. Lan, pp. 69-71)